A hora de optar por um curso superior traz diversas dúvidas, principalmente porque essa escolha vai refletir na profissão que você seguirá após se formar. Porém, além de decidir o que cursar, também é preciso definir qual instituição de ensino frequentar.
Com certeza, você vai se deparar com diversas opções e, provavelmente, notará que existem diferentes tipos de instituições de ensino superior no Brasil. Para fazer a melhor escolha, é preciso entender a diferença entre cada uma delas.
Pensando nisso, preparamos este post explicando os principais aspectos sobre 5 tipos de instituições de ensino e mostrando quais são as diferenças entre eles. Assim, você conseguirá avaliar da melhor forma qual é o ideal para cursar. Continue a leitura e fique por dentro!
1. Universidade
As universidades são instituições pluridisciplinares, públicas ou privadas, que abrangem diversas áreas de conhecimento e precisam atender a comunidade. Elas formam profissionais de nível superior, mas também têm foco no desenvolvimento de atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão, com uma capacitação maior na área acadêmica.
Isso acontece porque as pesquisas institucionalizadas são obrigatórias para que a instituição seja considerada uma universidade, devendo ainda ter relevante produção intelectual, cultural e científica. Nesse sentido, as universidades costumam ser uma opção bastante procurada por quem busca a carreira acadêmica.
Elas têm autonomia para criar cursos e sedes acadêmicas administrativas, sem depender de autorização específica do Ministério da Educação (MEC). Também expedem os diplomas, determinam os currículos, fixam o número de vagas e cumprem todas as ações necessárias para a sua administração, respeitando a legislação.
Outro ponto importante é que as universidades devem ter, no mínimo, quatro programas de pós-graduação stricto sensu — mestrado ou doutorado — e, pelo menos, um deles deve ser de doutorado. Elas também podem oferecer pós-graduações lato sensu — especializações e MBA.
As universidades devem ter, no mínimo, um terço do seu corpo docente com dedicação em tempo integral à instituição, a fim de que tenham mais tempo para atender os estudantes e dedicar-se aos projetos de pesquisa e extensão. A mesma quantidade de docentes também deve ter titulação de mestrado ou doutorado para lecionar na instituição.
O campus de uma universidade costuma ser maior quando comparado a de outros tipos de instituições de ensino, pois deve abrigar todas as faculdades, bibliotecas e estruturas dos cursos, além de alojamentos, agências bancárias e outros espaços úteis para os estudantes. Em alguns casos, os campi funcionam como verdadeiras minicidades.
2. Faculdade
A faculdade também é uma instituição pluricurricular, pública ou privada, mas costuma ser focada em uma determinada área de conhecimento, oferecendo uma quantidade menor de cursos. Ela pode atender e ser próxima à comunidade, mas isso não é obrigatório.
Ela não tem autonomia para abrir novos cursos e programas de ensino, precisando sempre de autorização do MEC. Também não tem independência para conferir títulos e diplomas, dependendo do registro do documento por uma universidade.
As faculdades não têm como função a promoção de pós-graduações, mas podem fornecer os cursos lato e stricto sensu, desde que devidamente aprovados pelo MEC.
Elas não têm obrigação de produzir pesquisas ou promover cursos de extensão e programas de iniciação científica. Além do mais, não é preciso cumprir requisitos em relação ao tempo de dedicação dos docentes. Porém, pelo menos, um terço dos profissionais devem ter titulação de especialista.
Por serem menores, fica mais fácil ter uma relação mais próxima com a instituição. Além disso, por trabalharem com menos cursos, conseguem dar mais ênfase nas atividades relacionadas a eles, principalmente na organização de eventos e outras atividades.
Vale lembrar que o fato de não ser obrigatório não significa que a faculdade não terá projetos de iniciação científica ou extensão: na verdade, é comum que essas instituições invistam também nesses programas para qualificar melhor os seus alunos.
3. Centro Universitário
Os centros universitários são instituições pluricurriculares, públicas ou privadas, que abrangem uma ou mais áreas de conhecimento. Eles costumam ser maiores que as faculdades, mas menores que as universidades. Não há obrigação de atendimento à comunidade.
São muito semelhantes às universidades no que diz respeito à sua estrutura, mas não precisam ter a pesquisa institucionalizada, ou seja, não têm obrigação de promover as atividades de ensino ou extensão, como acontece com as faculdades. Também não é necessário produzir pesquisas para ter uma produção intelectual cultural e científica relevante.
Os centros universitários não são obrigados a ofertar cursos de pós-graduação, contudo, podem oferecer, em nível de especialização, mestrado ou doutorado. Eles também têm autonomia para a criação de novos cursos e programas de ensino, sem precisar de aprovação do MEC, e podem registrar os próprios diplomas.
Em relação aos requisitos, pelo menos um terço do corpo docente deve ter titulação de mestrado ou doutorado e, no mínimo, um quinto dele precisa ter contrato com dedicação em tempo integral à instituição.
4. Centro de Educação Tecnológica
Os centros de educação tecnológica são instituições públicas ou privadas, especializadas na educação profissional, com o objetivo de qualificar os estudantes em cursos superiores para diversos setores da economia.
Esses centros também fazem pesquisas e atuam no desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços relacionados aos setores produtivos e à sociedade, oferecendo opções de educação continuada para garantir a capacitação dos profissionais.
5. Institutos Federais
Os institutos federais são instituições públicas que oferecem educação básica, superior e profissional, sendo também pluricurriculares. Eles são voltados à formação técnica, capacitando os alunos para a atuação profissional em diversas áreas.
Essas instituições também oferecem opções de ensino médio integrado ao ensino técnico, cursos técnicos independentes, cursos superiores em tecnologia, licenciaturas e pós-graduações. Eles têm autonomia para criar e extinguir cursos, além de registrar os respectivos diplomas.
São bastante semelhantes aos centros de educação tecnológica, entretanto devem ter 50% de suas vagas reservadas para cursos de nível médio e 20% para cursos de licenciatura, limitando a autonomia da instituição.
Pronto! Agora você já conhece quais são os tipos de instituições de ensino superior no Brasil e aprendeu um pouco mais sobre quais são as diferenças entre eles. Com isso, já pode avaliar melhor qual é a escolha mais adequada para sua carreira.
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