Foi-se o tempo em que arcar com os custos do ensino superior exigia grandes sacrifícios dos pais e alunos em busca de um futuro melhor. Atualmente, o acesso às faculdades e universidades é cada vez mais democrático, e estudantes de todas as classes sociais têm a oportunidade de concluir seus estudos e conquistar o sonhado diploma.
Porém, a preocupação financeira é uma constante na vida de quem está se preparando para o vestibular ou iniciando sua graduação. Ainda que acessíveis, as mensalidades exigem algumas adequações no orçamento para evitar dívidas e apertos no futuro.
Por isso, é importante contar com um planejamento financeiro eficiente, que permita ao aluno manter uma qualidade de vida satisfatória e arcar com as despesas do curso superior.
Confira algumas dicas importantes de planejamento financeiro para pagar a faculdade sem dor de cabeça:
1. Encontre o método que funciona para você
Não faltam alternativas para quem precisa organizar as finanças antes de começar uma faculdade. Do tradicional papel e caneta a aplicativos no celular e planilhas eletrônicas no computador, cada um pode escolher a ferramenta que mais se adapta ao seu cotidiano. Porém, o que todos esses métodos têm em comum é a necessidade de organização e a constância no planejamento financeiro.
É importante, num primeiro momento, anotar todas as despesas e gastos por, pelo menos, um mês, para obter um panorama da situação financeira. A partir daí, é possível fazer as mudanças necessárias, seja no estilo de vida ou na geração de renda, para arcar com os custos educacionais.
2. Descubra exatamente quanto você ganha e gasta
O primeiro passo para administrar bem o dinheiro e conseguir pagar as despesas da faculdade é saber, exatamente, quais são suas receitas e suas despesas mês a mês.
Receitas são todos os rendimentos, fixos ou variáveis, como salário, comissões, bônus e fontes alternativas de entrada de dinheiro (pensões, pagamentos esporádicos, aluguéis, dividendos de ações ou de investimentos).
Já as despesas podem ser agrupadas em categorias: alimentação (supermercado, restaurantes), saúde (convênio médico, consultas, medicamentos), transporte (combustível, passagem de ônibus ou metrô), lazer (cinema, TV a cabo, passeios), entre outras.
Para garantir a saúde financeira, é preciso gastar menos do que se ganha. Com isso em mente é possível adequar o orçamento para a realidade de cada um.
3. Economize sempre que puder
Para a maioria das pessoas, a única maneira de equilibrar o planejamento financeiro e evitar dívidas é economizar. Porém, nem sempre isso é sinônimo de privações e sacrifícios. Com um pouco de criatividade é possível diminuir as despesas e garantir que não falte dinheiro no final do mês.
Deixar o carro na garagem algumas vezes por mês e fazer trajetos curtos a pé ou utilizando o transporte público, por exemplo, já representa alguma folga no orçamento.
Cortar gastos em restaurantes levando comida de casa, negociar tarifas bancárias, diminuir os planos de telefonia e internet pouco usados e buscar opções gratuitas de lazer são outras medidas simples que contribuem para economizar no orçamento.
4. Tenha disciplina para poupar
Mesmo com um objetivo nobre, como pagar as despesas da faculdade, pode ser difícil se manter fiel ao orçamento mensal. Afinal, depois de quitar dívidas e arcar com os gastos básicos, a tentação de adquirir supérfluos é muito grande.
Porém, ter disciplina para manter o planejamento financeiro é essencial em qualquer fase da vida. Na época da faculdade, esse controle é ainda mais importante, já que a vida acadêmica pode trazer surpresas e imprevistos a qualquer momento.
Uma boa estratégia para evitar gastos desnecessários e se manter dentro do orçamento é incluir no planejamento financeiro uma verba destinada ao lazer. Assim, é possível aproveitar a vida e curtir a faculdade sem ficar no vermelho.
5. Considere as despesas extras da faculdade
Um erro comum dos futuros universitários é considerar apenas o valor da matrícula e das mensalidades na hora de elaborar o planejamento financeiro. Um curso de graduação envolve outras despesas que podem pegar de surpresa os jovens que não se prepararam.
Com relação à mensalidade, por exemplo, em muitas instituições é possível negociar o valor de acordo com a grade curricular cursada — o aluno pode aumentar ou diminuir o número de disciplinas para ajustar o orçamento nos primeiros semestres.
Além disso, é preciso calcular os custos com:
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o deslocamento de casa até a universidade (seja de carro, ônibus, metrô ou transporte compartilhado — a famosa carona);
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as acomodações, quando o aluno pretende morar em outra cidade;
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a alimentação, que faz parte da rotina diária (e nessa categoria entram as refeições e os lanches, em restaurantes ou cantinas ou levados de casa);
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livros, apostilas, material didático em geral;
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aulas e cursos extras, workshops, palestras.
6. Tenha uma reserva de emergência
É comum acreditar que o planejamento financeiro elimina a necessidade de uma reserva de emergência. Afinal, se o orçamento está equilibrado e os gastos não ultrapassam a receita, não há necessidade de ter um valor acumulado, não é mesmo?
Na verdade, a reserva para emergências é fundamental para a segurança financeira. Imprevistos e despesas inesperadas podem desequilibrar as finanças até mesmo dos mais controlados.
Especialistas recomendam que seja depositado na poupança um valor predeterminado todos os meses até atingir uma reserva substancial, destinada a gastos emergenciais, como doenças, acidentes ou reparos urgentes.
7. Busque um financiamento estudantil
O financiamento estudantil é um dos maiores aliados do planejamento financeiro dos jovens universitários.
Tanto a modalidade pública, subsidiada por recursos do Governo Federal (como Fies e Prouni), quanto a privada, oferecida por bancos ou instituições financeiras particulares, permitem financiar o valor das mensalidades em pagamentos de valores reduzidos e prazos estendidos, trazendo mais segurança durante a vida acadêmica.
Alguns programas de incentivo à educação ainda ofertam bolsas parciais ou totais que cobrem boa parte das despesas durante o curso, facilitando a vida financeira dos estudantes.
O planejamento financeiro é uma ferramenta essencial para organizar o orçamento e pagar a faculdade durante todo o curso. Elaborar planilhas e controlar os gastos pode parecer uma tarefa difícil, mas é fundamental seguir os planos para evitar dívidas e poupar dinheiro para os imprevistos.
Depois da dificuldade inicial para equilibrar as finanças, o aluno tem mais tranquilidade para se dedicar aos estudos sem precisar se preocupar com o pagamento das mensalidades e livros.
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