Entre as várias vertentes disponíveis, você decidiu seguir carreira em engenharia civil? As oportunidades nesta área são tão plurais quanto as competências que o egresso deve ter.
Para se destacar em um mercado cada vez mais acirrado, a matrícula em uma especialização torna-se um requisito básico no currículo de qualquer candidato que ambicione conquistar melhores oportunidades.
Embora a sua atuação seja, majoritariamente, associada ao ramo da construção civil, é um equívoco restringir a atuação deste bacharel a um canteiro de obras. A constante oferta de cursos de pós-graduação, com foco em diferentes funções, também ratifica essa premissa.
Como você poderá constatar neste post, o engenheiro civil é uma figura indispensável para suprir as demandas e carências sociais em variados segmentos. Conheça, a seguir, as principais possibilidades de especialização.
1. Construção Civil
Setor que é considerado por muitos um termômetro da situação econômica — a empregabilidade mantém-se aquecida em épocas favoráveis e é afetada quando há retração — a construção civil é o ramo mais associado a essa carreira.
Engenheiros que atuam na área de construção civil terão a responsabilidade de projetar, construir, reformar, executar e supervisionar as obras de grandes instalações.
Em suma, ele deve coordenar todas as etapas do gerenciamento de um projeto, norteando suas decisões a partir da tríade eficiência, segurança e economia de recursos.
Cabe a este profissional a responsabilidade pelo cumprimento a todas as exigências legais que viabilizam a execução de um projeto. Essa é uma medida essencial para evitar sanções e penalidades.
2. Engenharia Estrutural ou de Cálculo
O papel desse especialista é estimar as dimensões mínimas que cada material — seja ele concreto, madeira, metal ou aço — precisa ter para resistir ao impacto gerado pela exposição a grandes cargas ou ao intenso fluxo de pessoas, sem que sejam provocados danos à estrutura.
Também deve ser considerada a ação de fenômenos naturais, especialmente os de grandes proporções, como a força dos ventos, oscilações extremas de temperatura ou chuvas torrenciais.
Em síntese, pode-se afirmar, portanto, que o grande legado da chamada Engenharia Estrutural é garantir a segurança de uma estrutura não apenas durante a execução da obra, mas principalmente após a conclusão.
Nesse contexto, o engenheiro de cálculos busca identificar, com precisão, os esforços máximos que os componentes suportam. Vale ressaltar, por fim, que este é um dos ramos que mais flerta com a pesquisa, num esforço constante para introduzir inovações que prolonguem a resistência e durabilidade dos produtos.
3. Segurança do Trabalho
O engenheiro de segurança do trabalho é o profissional responsável por garantir a integridade física e a saúde dos colaboradores, especialmente quando estes estão expostos a riscos decorrentes do manuseio de máquinas ou substâncias.
Nesse sentido, a sua atuação visa a concepção e implementação de estratégias com a finalidade de inibir a ocorrência de acidentes. Ao mesmo tempo, cabe a ele planejar ações que estimulem a promoção de uma cultura de prevenção.
Como parte dessa estratégia, são fornecidas orientações sobre a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) ou coletiva (EPC). Simultaneamente, este profissional coordena treinamentos e palestras educativas.
Também fazem parte de suas atribuições a fiscalização das condições de segurança e higiene dos processos produtivos, num esforço para minimizar o impacto de agentes agressivos ao homem e também ao meio ambiente, tais como radioatividade, poluição e níveis de ruído.
4. Engenharia de Materiais
Ramo que se dedica ao aperfeiçoamento dos materiais de construção, esta é uma especialização bastante valorizada pelas indústrias de ponta, especialmente em tempos onde a sustentabilidade tornou-se uma preocupação primária de todas as sociedades.
Nesse contexto, é dever do engenheiro de materiais encontrar novas aplicações para os produtos já existentes. Numa perspectiva mais ampla, eles têm suas características alteradas e podem ser transformados ou combinados para gerar novas substâncias.
Para atingir esse objetivo audacioso, o especialista deve se debruçar na pesquisa das propriedades de ligas metálicas, cerâmicas, resinas e plásticos. O objetivo é garantir que os componentes atendam as especificidades do projeto e sejam, ao mesmo tempo, econômicos, duráveis e minimamente poluentes.
Ademais, ele participa da seleção de matérias-primas que serão utilizadas nos mais diversos processos produtivos, priorizando àquelas que gerem menor impacto ao meio ambiente.
5. Engenharia de transportes
A carreira em engenharia civil também tem espaço para o profissional que se dispõe a enfrentar os problemas decorrentes da, nem sempre eficiente, infraestrutura de transportes.
Ciente do tamanho de sua responsabilidade, o engenheiro de transportes deve apostar em estratégias e ações que facilitem o trânsito nos mais diversos ambientes, como vias, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
Esta é uma tarefa que não é tão fácil quanto parece. Com o crescimento avassalador da frota de veículos individuais, os congestionamentos já não são mais uma exclusividade dos grandes centros.
Soma-se a isto, a precariedade do transporte público que dificulta a mobilidade da população. Embora, este, certamente, seja o seu principal desafio, o engenheiro de transportes está habilitado a exercer muitas outras atribuições.
Assim, além de responder pela análise do tráfego, ele desempenha papel importante na viabilização de operações de logística e gestão de redes rodoferroviárias, além da concepção, execução e (re) desenho do traçado de estradas.
6. Engenharia de Ambiental
Se, por um lado, o setor da construção civil é um dos segmentos que mais descarta resíduos no ambiente, por outro, a especialização em engenharia ambiental firma-se como um claro esforço para minimizar o impacto das atividades produtivas sob os meios biológicos e físicos.
Sob essa perspectiva, o engenheiro ambiental efetua a avaliação das condições do ar, do solo e da água, propondo estratégias para aliviar as consequências da contaminação por poluentes.
Cabe a ele a tarefa de projetar e operar sistemas de obtenção de água, além de viabilizar condições para a coleta e o tratamento de esgoto, isso sem mencionar a popularização da cultura de reciclagem de resíduos sólidos, uma saída ecologicamente correta para o imenso volume de lixo produzido diariamente pela população mundial.
Além dessas, estão disponíveis inúmeras outras possibilidades, igualmente atrativas, para quem deseja seguir carreira na área de engenharia civil, por exemplo, nas áreas de saneamento, hidráulica e geotécnica (análise do solo).
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