Feche seus olhos e imagine-se daqui a 20 anos. Conseguiu visualizar logo de cara você com um capacete, liderando a construção de um edifício ou dentro de um fórum julgando uma ação? Não é simples escolher qual faculdade fazer.
Você pode optar por um escritório descolado de uma startup ou desenvolver videogame. Já pensou estar em uma estação espacial? Se nada disso te atrai, é sinal de que pode precisar de ajuda para responder à pergunta: fazer faculdade de quê?
Fique tranquilo! Existem muitos estudantes na mesma situação!
Decidir qual carreira profissional seguir pode não ser uma tarefa fácil, mas estamos aqui para ajudá-lo a encontrar a direção certa! Separamos 14 dicas valiosas que vão nortear sua escolha de acordo com a sua personalidade e suas habilidades. Confira!
1. Conheça você mesmo
Parece uma coisa filosófica, até meio redundante. Afinal, imagine se você não se conhecer. Muitas vezes, na correria da vida, não separamos um tempo para tomar consciência de quem somos.
De repente o que era fácil ficou difícil? Então, pegue um papel e faça um mapa mental! Coloque seu nome no centro da folha. De lá, puxe 6 setas para os seguintes tópicos:
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meus princípios: faça uma lista de 5 pontos, do mais para o menos importante, que você considera fundamentais e que orientam as suas ações. Não abre mão da sinceridade, doa a quem doer? A caridade é primordial? A fé? Coloque tudo no papel.
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minhas qualidades: é inteligente? Organizado? Perfeccionista? Escreva todas as suas características positivas.
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coisas que gosto de fazer: se o seu forte é o desenho ou se manda muito bem no violão, procure listar aqui todos as suas habilidades! Lembre-se também do que ama fazer (ir ao cinema, acampar, estar ao ar livre, por exemplo).
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meus defeitos: ninguém é perfeito e é importante reconhecer isso! Então faça uma enumeração sincera de suas falhas.
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coisas que não suporto: aqui vale tudo! Desde características (preguiça, dissimulação, perfeccionismo), passando por habilidades (lidar com pessoas, viver situações de pressão, ficar muito tempo em lugares fechados), até campos de conhecimento (matemática, literatura, química). Faça um círculo vermelho no que julga ser pior.
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minhas matérias prediletas: escreva em tamanho maior as disciplinas que mais gosta. Como já está estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sabe que elas pertencem a determinados campos de estudo. Por exemplo, se curte português, literatura e redação isso pode significar certa inclinação a áreas que envolvam a linguagem, como o Jornalismo ou o Direito.
Se deu um branco terrível na hora de fazer esse mapa mental e você mal completou suas matérias preferidas e as coisas que não suporta, não entre em pânico. Existem outros métodos para te ajudar a se conhecer melhor, como os testes e orientações vocacionais!
É o que veremos no próximo tópico. Só estamos começando os nossos trabalhos para você iniciar a sua trajetória profissional.
2. Procure fazer testes e orientação vocacional
Se você não tem uma noção muito clara das suas qualidades e habilidades, talvez seja interessante procurar apoio de um orientador vocacional. Esse trabalho, que pode ser feito em grupo ou individualmente, vai mostrar quais as áreas do conhecimento combinam mais com a sua personalidade.
Mesmo que tenha bastante claro quem é você, é interessante buscar esse apoio para confirmar ou mesmo descobrir características ainda não notadas. O primeiro passo é a orientação vocacional, algo muito valioso para pensar em qual faculdade fazer.
Muitos modelos podem ser encontrados na Internet e são compostos por uma série de perguntas relacionadas com sua reação ou posicionamento de acordo com determinadas situações. Ao final, um conjunto de profissões relacionadas ao seu perfil é apresentado.
3. Conheça os cursos
Digamos que, no seu mapa mental, entre os seus princípios está a consciência ambiental, e na parte das coisas que gosta de fazer, você marcou que ama estar ao ar livre e acampar.
Entre as suas matérias prediletas estão as biológicas e exatas. Parece que o curso de Biologia é o caminho lógico. Tem certeza? Já ouviu falar em Engenharia Florestal?
Conhecer os cursos superiores disponíveis é muito importante para fazer a faculdade do que mais chama a sua atenção. Tanto nas bancas quanto na internet, existem guias com informações valiosas que podem ser o pontapé inicial para a sua pesquisa.
4. Converse com profissionais
Conseguiu chegar a um top 5 de cursos que têm a sua cara? Então comece a procurar pessoas que atuam nas áreas que você pré-selecionou. Elas vão te dar a visão de como anda o mercado de trabalho, o que pode até ajudá-lo a direcionar sua escolha.
Se ninguém do seu círculo de amizades é formado nas faculdades da sua lista, faça uma busca na internet! Existem fóruns e grupos no Facebook e LinkedIn de diferentes profissões. Participe deles e tenha um bom suporte para avaliar qual faculdade fazer com mais segurança.
5. Visite instituições para saber qual faculdade fazer
Já parou para pensar se o(s) curso(s) que quer fazer existe(m) na sua região? Se a resposta for não, você (ou sua família) vai ter condições de bancar viver em outra cidade? É uma realidade que limita um pouco o sonho, mas precisa ser pensada.
Comece verificando quais faculdades e universidades existem na sua região e visite essas instituições. Verifique os diferenciais de cada uma, a localização, instalações, laboratórios etc.
A partir daí, já dá para perceber algumas diferenças entre faculdades públicas e privadas, quebrar algumas ideias preconcebidas e entender melhor a rotina dos cursos. Isso vai auxiliá-lo a escolher a faculdade que pode fazer diferença no seu currículo futuramente.
6. Não deu certo? Tente outra vez!
Vamos supor que você já escolheu o curso, passou pelo ENEM (ou outros vestibulares) e entrou para a faculdade que escolheu para chamar de sua. Só que alguma coisa não está se encaixando, você está com a sensação de que entrou no desafio do balde de gelo e deu tudo errado! Mas não é o fim do mundo se você se enganou na escolha do curso.
Se a sua expectativa não foi compatível com a realidade, o mais importante é não insistir no erro! Tenha coragem de recomeçar o processo de escolha e experimentar outro curso.
7. Analise a grade curricular
Conhecer a grade curricular é uma excelente opção para você ficar bem informado sobre as matérias oferecidas durante o curso. Com um pouco mais de curiosidade, verifique as disciplinas obrigatórias e as facultativas. E, de quebra, compare como as universidades estruturam a graduação que despertou o seu interesse.
Essa medida será uma mão na roda para você escolher bem qual faculdade fazer. À medida que se identifica com o conteúdo das matérias, maiores são as chances de se qualificar para o mercado de trabalho.
Analisando a grade curricular, você também vai perceber que a instituição de ensino tem uma proposta bacana que vai contribuir para o seu crescimento pessoal e profissional.
Também é recomendado observar o horário e o local das aulas. Se isso não atrapalhar a sua rotina, será mais um ponto a favor. Afinal, não é simples conciliar tantos compromissos, não é mesmo?
8. Procure informações sobre o corpo docente
Você gostou da infraestrutura da universidade e da grade curricular. Mas será que não falta mais nada para analisar? Se a resposta for sim, está no caminho certo.
É muito importante ficar atento à qualificação dos professores. Um dos motivos é que eles têm uma grande influência na qualidade do ensino. Ou seja, serão um diferencial para o seu aprendizado e a sua carreira.
De que maneira você pode conferir se os docentes estão preparados para dar aulas bem legais? É simples! Basta somente prestar atenção a alguns itens, como:
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experiência profissional como professor e em outras atividades;
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conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado etc.);
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prêmios conquistados durante a carreira;
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publicação de artigos acadêmicos.
Além dessas referências, você pode também buscar na internet textos publicados pelo professor. Isso vai ajudá-lo a conhecer melhor os assuntos que podem ser abordados em sala. Outra dica é checar se o docente já fez palestras. O YouTube é uma ótima fonte de pesquisa para encontrar vídeos.
Por último, converse com alunos e ex-alunos da instituição de ensino que vão apontar as características positivas e negativas do profissional. Tudo isso deve ser levado em consideração na hora de decidir qual faculdade fazer.
9. Esteja atento à nota do MEC
Quanto mais dados tiver, maiores as chances de fazer a escolha certa. Por isso, vale a pena conferir a nota que o Ministério da Educação (MEC) atribui, anualmente, às faculdades. O resultado é um indicador sobre a qualidade do curso. Se você não prestar atenção a esse detalhe, corre o sério risco de se arrepender no futuro.
A avaliação do MEC também serve de referência para as empresas selecionarem os empregados. Esse é mais um motivo para você ficar atento aos resultados obtidos, nos últimos anos, pelas instituições de Ensino Superior.
A nota do Ministério da Educação abrange o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). O primeiro leva em consideração vários itens, como:
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número de professores mestres e doutores;
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nível de conservação das instalações;
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recursos empregados em sala de aula para melhorar o aprendizado.
A pontuação varia de 1 a 5. As graduações que recebem até a nota 2 são visitadas por técnicos do MEC para uma nova avaliação, que pode aumentar ou reduzir a nota. Com relação ao IGC, o foco é fazer uma avaliação de toda a universidade.
Nesse caso, é calculada a média ponderada dos resultados, nos últimos três anos, do CPC e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). No IGC, as notas também variam de 1 a 5. Caso a instituição de ensino esteja muito abaixo da média, ela corre o risco de ser fechada.
10. Saiba mais sobre o ENADE
O ENADE tem um peso importante para estabelecer o CPC e o IGC, sabia? Desde 2004, ele é aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O cálculo da nota de cada faculdade leva em consideração 3 aspectos:
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desempenho dos alunos que fizeram até 25% da graduação;
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rendimento dos alunos que cursaram mais de 75% do curso superior;
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respostas do questionário encaminhado aos universitários e coordenadores dos cursos.
A meta do ENADE é acompanhar a evolução do estudante do início até o final da graduação. Por isso, envolve os alunos em diferentes fases do curso. O aprendizado obtido é verificado pelo Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
11. Considere as tendências de mercado
Na definição de qual faculdade fazer, o ideal é sempre conciliar a vontade com as oportunidades de mercado. Assim, uma parte importante da jornada para escolher uma boa instituição consiste em observar as profissões em alta em um futuro próximo, ou seja, que oferecem reconhecimento e boa remuneração.
A prática pode ser conduzida com a leitura de publicações e sites especializados, consulta a pessoas que já atuam na área de interesse e visitas a sites de vagas de emprego, entre outras formas. Mergulhe de cabeça e pesquise bastante sobre as tendências.
Com isso, você também dará um direcionamento adequado para sua carreira desde cedo. Muitas vezes, o estudante tem de escolher entre oportunidades surgidas durante a faculdade, cursos de extensão e eletivas. Logo, conhecer o cenário pós-faculdade facilitará a tomada de decisão.
12. Veja os convênios oferecidos
Adquirir conhecimento teórico é importante para compreender as tendências de uma carreira. Mas você sabe que isso não é o suficiente para garantir o sucesso. O ideal é procurar experiência em estágios. Essa missão fica bem mais fácil quando a faculdade tem convênios que permitem aos alunos desenvolver as habilidades profissionais.
Não por acaso, é preciso ficar atento à reputação da instituição de ensino junto ao mercado. As principais empresas e órgãos governamentais só oferecerão parcerias se identificarem a oportunidade de conquistar talentos para os seus quadros. E, mesmo se a oferta de vagas for aberta ao público, a qualidade do curso pesa a favor do candidato.
Destaca-se, nessa busca de talentos, os programas de trainee. Neles, as organizações identificam jovens com potencial para inseri-los em um processo de desenvolvimento de pessoas. Assim, ao final, o participante se torna alguém apto a exercer uma função dentro da empresa, geralmente, com possibilidades de ascender para alta administração.
Por fim, as instituições de Ensino Superior também procuram parcerias com escolas de idiomas. O objetivo é fazer com que o aluno possa dominar uma ou mais línguas estrangeiras e estar mais preparado para o mercado de trabalho. Você, sem dúvida, não pode perder a chance de enriquecer o currículo, investindo em um curso de idioma por um valor mais em conta.
13. Verifique os campos de pesquisa e trabalho
Em paralelo ao estudo em sala de aula, as boas faculdades oferecem uma série de ações complementares para que o aluno não só absorva a matéria, mas consiga aliar teoria e prática. Afinal, hoje ninguém despertará o interesse de uma empresa se ficar apenas no discurso.
Um primeiro ponto de atenção é a área de pesquisa acadêmica. Geralmente, as faculdades exercem um importante trabalho de produção de conhecimento e integram os alunos no processo. Tanto é assim que o Enade considera também esse aspecto durante a avaliação, não se limitando ao desempenho na prova.
Há, ainda, iniciativas importantes de inserção do estudante no mercado que precisam ser observadas. As empresas juniores, por exemplo, são programas de desenvolvimento durante a graduação, em que a instituição mantém uma organização real sem fins lucrativos. Nela, o aluno exerce um cargo como no ambiente profissional e recebe a orientação de profissionais experientes.
Por fim, o trabalho social também pesa na hora de decidir sobre qual faculdade fazer. Normalmente, os núcleos de prática, em que os alunos cumprem as horas de estágio obrigatório, atendem à comunidade. Logo, em um mercado que prega cada vez mais o respeito à diversidade e à responsabilidade social, a experiência pode contribuir bastante para sua carreira.
14. Considere a possibilidade de mobilidade acadêmica para o exterior
Algumas instituições de Ensino Superior se destacam pela oferta de um intercâmbio no exterior. Ou seja, você pode adquirir mais conhecimento profissional, aprender mais sobre uma língua estrangeira e acelerar o processo de amadurecimento.
Ao viver em outro país, você terá a oportunidade de se inserir em uma cultura diferente e mais chances de compreender como é importante respeitar as regras de boa convivência. Esse aspecto é um fator muito relevante para as empresas, que desejam ter colaboradores competentes em termos técnicos e emocionais.
Lembre-se de que as empresas estão interessadas no valor que uma pessoa pode agregar em termos de resultados e competência. O intercâmbio não só garante uma evolução de habilidades técnicas, como domínio do idioma estrangeiro, desenvolvimento de atitudes e comportamentos, maturidade, disciplina e capacidade de adaptação.
O impacto exato no currículo dependerá da área de atuação. No entanto, de maneira geral, como o mercado é bastante competitivo, ter diferenciais em relação aos demais candidatos e buscá-los desde cedo é fundamental para uma carreira bem-sucedida.
Com estas 14 dicas, é bem mais simples colocar ordem nos seus pensamentos, assim como cruzar informações e tirar conclusões sobre as possibilidades que estão à sua frente para tomar uma decisão racional.
Ao saber qual faculdade fazer, você vai ter mais tranquilidade para se concentrar nos estudos e conquistar uma vaga em uma instituição de Ensino Superior respeitada e bem organizada, como a Faculdade de Rondônia (FARO).
Gostou das dicas? Que tal ficar ainda mais preparado para escolher uma faculdade? Conheça os 7 erros mais comuns e complemente a sua leitura!